Introdução: A Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou um projeto de lei que institui o “Dia da Cegonha Reborn”, uma data destinada a celebrar o trabalho das artesãs que confeccionam as bonecas reborn, muito realistas e com crescente repercussão entre adultos, gerando debates nas redes sociais.
O que é o Dia da Cegonha Reborn?
O projeto visa destacar o papel dessas artesãs, apelidadas de “cegonhas”, que criam bonecas que se assemelham a bebês de verdade. Segundo o relator da proposta, vereador Vitor Huro, o nascimento é um momento único na vida de uma mãe, e para muitas mulheres que cuidam dessas bonecas – as chamadas mamães reborn – este momento também possui um significado especial. A data comemorativa foi idealizada para reconhecer esse universo.
Importância e recepção da iniciativa
- As bonecas reborn são usadas como forma de lembrança para quem perdeu um filho prematuramente ou em situações de luto;
- Também são utilizadas em terapias para auxiliar no processo de superação de traumas e lutos sob acompanhamento psicológico;
A tramitação e a polêmica em torno das bonecas reborn
Após aprovação na Câmara, o projeto aguarda análise do prefeito Eduardo Paes, que pode sancionar, vetar ou propor alterações até o início de junho. Outros projetos em andamento no país, inclusive no Congresso Nacional, buscam coibir o uso dessas bonecas em serviços públicos para impedir que sejam utilizadas para obter benefícios indevidos, como o acesso facilitado em filas ou atendimentos prioritários.
Nas redes sociais, casos de adultos simulando cuidados com bebês reborn em ambientes públicos geram controvérsia, embora não haja comprovações concretas dessas situações, podendo serem encenações para redes sociais. Especialistas destacam que, embora algumas dessas práticas possam beneficiar a saúde mental, é importante avaliar cuidadosamente o contexto e as motivações para não confundir hobby com problemas psicológicos.
Conclusão
A proposta do Dia da Cegonha Reborn simboliza um reconhecimento do trabalho das artesãs que produzem as bonecas hiper-realistas e do impacto emocional que essas peças têm para seus colecionadores e usuários. A lei poderá fortalecer a valorização desse segmento, enquanto a discussão sobre seu uso e limites continua em aberto na sociedade e nas esferas legislativas.