Resultado Financeiro da Gol no 1º Trimestre de 2025

Introdução: No primeiro trimestre de 2025, a Gol divulgou seus números financeiros, evidenciando um desempenho misto com aumento na receita e crescimento da dívida. Este período apresentou desafios que impactaram os índices de lucratividade e endividamento da companhia.

Desempenho Operacional e Lucratividade

Durante os primeiros três meses do ano, a Gol teve um lucro líquido de R$ 1,376 bilhão, valor que representa uma redução de 63,7% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O Ebitda alcançou R$ 1,236 bilhão, com leve retração de 0,2% frente ao primeiro trimestre de 2024. Já a margem Ebitda ficou em 22%, uma queda de 4,3 pontos percentuais em relação ao 1T24.

Crescimento da Receita e Indicadores de Receita por Assento

  • A receita líquida totalizou R$ 5,6 bilhões, aumento de 19,4%, impulsionada principalmente pelo transporte de passageiros, que cresceu 18%.
  • O RASK, que mede a receita por assento por quilômetro, subiu 6,6%, atingindo 46,6 centavos, mesmo com um aumento de 12% na oferta de assentos (ASK).
  • O PRASK foi de 42,2 centavos, aumento de 5,4%, indicando capacidade de expansão da receita de modo rentável.

Situação de Endividamento da Companhia

Ao final de março, Gol possuía R$ 1,6 bilhão em caixa e equivalentes, além de R$ 50 milhões em aplicações financeiras e R$ 3 bilhões em contas a receber, totalizando R$ 4,6 bilhões, o que equivale a 23,4% da receita dos últimos 12 meses.

Os empréstimos e financiamentos chegaram a R$ 22 bilhões, incluindo R$ 5,1 bilhões relacionados a um empréstimo especial (DIP Loan). O passivo decorrente de arrendamentos foi de R$ 11,3 bilhões, levando a dívida bruta consolidada para R$ 33,2 bilhões no trimestre analisado. Esse valor representa um aumento de 40% em comparação ao primeiro trimestre de 2024, influenciado principalmente pela valorização do câmbio e o saldo remanescente do empréstimo DIP.

Por fim, a relação entre a dívida líquida ajustada e o EBITDA recorrente dos últimos doze meses ficou em 5,8 vezes ao término de março.

Conclusão

Apesar do crescimento da receita e da manutenção da rentabilidade operacional, a Gol enfrenta um quadro desafiador devido à queda significativa do lucro líquido e ao aumento expressivo da dívida consolidada. A gestão financeira e a adaptação às condições econômicas serão essenciais para assegurar a sustentabilidade da companhia nos próximos trimestres.

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