Introdução: No contexto do Fórum Ministerial China-Celac, realizado em Pequim, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping enfatizaram a importância da colaboração entre a América Latina e a China. Além de rejeitarem posturas unilaterais que prejudicam o comércio internacional, eles destacaram o potencial de desenvolvimento conjunto da região com o apoio do gigante asiático.
Críticas às políticas unilaterais e defesa da integração regional
Após o anúncio de uma trégua tarifária entre China e Estados Unidos, ambos os líderes manifestaram críticas firmes contra medidas que impõem tarifas de forma arbitrária e outros “bullying” econômicos. Xi Jinping alertou que atitudes de hegemonismo levam ao isolamento, enquanto Lula destacou que a América Latina deve evitar tornar-se um campo de conflito entre potências globais, rejeitando a repetição de uma nova Guerra Fria.
Principais pontos abordados no fórum
- Compromisso da China em apoiar o desenvolvimento da América Latina e do Caribe.
- Convocação para que os países latino-americanos fortaleçam a cooperação e se unam para viabilizar projetos de infraestrutura.
- Defesa da indicação de um secretário-geral da ONU proveniente da região, com a sugestão de que uma mulher ocupe o cargo.
- A importância da inclusão tecnológica e acesso mais amplo à inteligência artificial, evitando a concentração em poucos países.
Parcerias estratégicas para o desenvolvimento regional
Lula enfatizou que o suporte da China é essencial para tirar do papel importantes obras como rodovias, ferrovias, portos e linhas de transmissão. No entanto, ressaltou que o sucesso desses projetos depende da capacidade dos países latino-americanos de se coordenarem e promoverem uma articulação eficiente. Além disso, reforçou a necessidade de união entre as nações para criar um futuro compartilhado, deixando para trás o cenário de pobreza que ainda marca a região.
Conclusão
O encontro entre os líderes evidenciou um momento de busca por maior protagonismo da América Latina no cenário global por meio da parceria com a China, diante das tensões impostas pelas políticas unilaterais de outras potências. A cooperação estratégica, o investimento em infraestrutura e a promoção de inclusão tecnológica aparecem como caminhos fundamentais para o fortalecimento econômico e social da região.