Introdução: O presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve presente no Fórum Ministerial China-CELAC, realizado em Pequim, onde se encontrou com líderes da América Latina e do Caribe e com representantes de empresas chinesas interessadas em ampliar os investimentos no Brasil.
Encontros com investidores chineses e setores estratégicos
Antes da cúpula, Lula participou de reuniões com representantes de quatro grandes grupos chineses — GAC, Windey Technology, Envision e Norinco — que demonstraram interesse em ampliar suas operações no território brasileiro. As propostas discutidas abrangem setores como veículos elétricos e híbridos, energias renováveis, combustíveis de aviação, tecnologia, defesa e segurança pública.
Principais pontos das parcerias
- Fortalecimento do Brasil como referência global em transição energética;
- Transferência tecnológica e capacitação de mão de obra;
- Colaboração entre empresas chinesas e brasileiras;
- Foco na inovação sustentável e desenvolvimento tecnológico.
Contexto geopolítico e relações comerciais
O fórum ocorre em um cenário de redução das tensões comerciais entre China e Estados Unidos, fato que expande a influência chinesa na América Latina e no Caribe. Na véspera do encontro, o ministro das Relações Exteriores da China conversou com representantes da Venezuela, Peru, Uruguai e Cuba, reforçando os laços regionais.
De janeiro a setembro de 2024, o comércio entre a China e os países da América Latina e do Caribe atingiu a marca de US$ 427 bilhões. A China permanece como a principal compradora de matérias-primas da região, como minério de ferro, cobre e petróleo — itens que compõem a maior parte das exportações brasileiras.
Avanços na cooperação comercial global
Na mesma semana das reuniões de Lula, China e Estados Unidos anunciaram um acordo para reduzir temporariamente tarifas comerciais, diminuindo de 125% para 10% por 90 dias. Essa medida oferece um alívio nas disputas entre as duas maiores economias do mundo. Apesar disso, ainda permanece uma tarifa extra de 20% sobre produtos ligados ao fentanil, e as negociações foram finalizadas recentemente na Suíça.
Conclusão
O encontro de Lula com investidores chineses e a realização do Fórum China-CELAC marcam uma nova fase na cooperação econômica e tecnológica entre o Brasil e a China. Os acordos firmados prometem impulsionar a modernização do setor energético brasileiro, ampliar a transferência de conhecimento e consolidar a posição do país no cenário global, ao mesmo tempo em que acompanham importantes movimentos de estabilidade nas relações comerciais internacionais.