Introdução: A Localiza, principal empresa de aluguel de veículos e gestão de frotas do Brasil, divulgou resultados financeiros do primeiro trimestre com crescimento expressivo do lucro líquido. Apesar disso, as ações da companhia apresentaram forte recuo na bolsa, suscitando diferentes interpretações entre analistas de mercado.
Desempenho financeiro e reação do mercado
No primeiro trimestre, a Localiza reportou um lucro líquido de R$ 842 milhões, representando um aumento de quase 15% em relação ao mesmo período do ano anterior, superando as expectativas dos investidores. Este resultado reflete uma boa performance da empresa, mesmo com a manutenção da margem em seminovos e despesas de depreciação no limite superior do estimado pela companhia.
Opinião dos analistas
- Analistas do Bradesco BBI destacam que o movimento negativo das ações não condiz com a perspectiva positiva para a empresa, ressaltando o aumento de 11% anual nos preços do aluguel e a previsão de novos reajustes, assim como a estabilidade na depreciação nos próximos meses.
- Especialistas do Citi, em contrapartida, apontam que o resultado operacional ficou abaixo do esperado e indicam que a Localiza enfrenta dificuldades crescentes para seguir elevando as tarifas de aluguel. Segundo esses analistas, a empresa pode precisar reduzir sua frota para manter um bom nível de utilização e pressão para queda dos papéis no curto prazo é possível.
Impacto e movimentação das ações
Na tarde do anúncio, as ações da Localiza chegaram a cair mais de 6%, negociadas na faixa de R$ 40,84 a R$ 41,10, figurando entre os piores desempenhos do Ibovespa no momento. Apesar deste recuo, os papéis tiveram valorização significativa nos meses anteriores, com ganhos de mais de 21% em março e quase 28% em abril, além de um acréscimo superior a 2% em maio até a véspera do relatório.
Conclusão
Embora a Localiza tenha apresentado números financeiros robustos e superado as estimativas de lucro, a queda expressiva nas ações revela um mercado cauteloso diante dos desafios futuros para incremento das tarifas e a dinâmica da gestão da frota. A decisão dos investidores será fundamental para o rumo das ações, refletindo a confiança nas estratégias adotadas pela empresa nos próximos trimestres.
