Introdução: Uma situação inusitada está sendo apurada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro envolvendo um condomínio localizado no bairro de Madureira, na zona norte da cidade. Moradores estariam sendo pressionados a pagar uma taxa mensal a traficantes locais para garantir a segurança e evitar crimes como roubos e furtos dentro do prédio.
Contexto e detalhes da situação
O síndico do prédio, situado na Avenida Ministro Edgard Romero, convocou uma assembleia para discutir a aprovação de uma cobrança mensal de segurança destinada à comunidade do Morro do São José, área dominada pela facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP). A proposta prevê o pagamento de R$ 1.800 a partir de maio de 2025 como forma de “proteção” para os residentes, evitando incidentes de violência e assaltos.
Aspectos investigativos
- A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco) abriu um inquérito para apurar o caso.
- O síndico será convocado para prestar esclarecimentos sobre a reunião e o acordo envolvendo o pagamento.
- Até o momento, a polícia não registrou casos semelhantes envolvendo outros condomínios na região.
O contexto das cobranças de taxas em áreas dominadas por grupos criminosos
Embora o episódio desse condomínio seja um caso isolado entre residências, a extorsão por meio de cobrança de “taxas de segurança” é relativamente comum em áreas controladas por grupos armados no Rio de Janeiro, especialmente em estabelecimentos comerciais. Na região da Serrinha, que inclui o Morro do São José, denúncias de extorsão contra comerciantes já ocorrem desde 2020.
Conclusão
O caso evidencia os desafios enfrentados por moradores em áreas onde o crime organizado exerce forte influência, levando a situações em que a população se vê obrigada a negociar com criminosos para garantir sua segurança. A investigação da polícia é fundamental para apurar a legalidade da cobrança e garantir que os moradores não sejam submetidos a práticas ilegais de extorsão.