Introdução: O boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou um alerta importante sobre a circulação do vírus influenza A, responsável pela gripe. Este vírus tornou-se a principal causa de óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) entre os idosos e figura entre as três maiores causas de mortes por SRAG em crianças pequenas.
Dados recentes sobre a circulação dos vírus respiratórios
Nas últimas semanas, foi observada uma elevação nos casos de hospitalização por influenza A em diversas regiões do país, com níveis que variam de moderados a altos em estados do Centro-Sul, Norte e Nordeste. Enquanto isso, algumas unidades federativas nas regiões Centro-Oeste e Sudeste mostram uma tendência de desaceleração ou até queda nos casos de SRAG em crianças pequenas, especialmente relacionados ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR).
Situação atual das infecções por SRAG
- Apesar da desaceleração em algumas áreas, a incidência de casos permanece alta ou moderada, alertando para a necessidade de manutenção dos cuidados preventivos.
- A mortalidade por SRAG entre crianças pequenas está próxima da registrada nos idosos, com o VSR sendo a principal causa de óbitos nessa faixa etária, seguido pelo rinovírus e pela influenza A.
Recomendações das autoridades de saúde
A pesquisadora Tatiana Portella, do InfoGripe, enfatiza a importância da vacinação contra a influenza para os grupos mais vulneráveis, destacando que a imunização é o método mais eficiente para evitar hospitalizações e mortes causadas pela doença. Também reforça o uso de máscaras em ambientes com alta concentração de pessoas, especialmente em unidades de saúde, e ressalta a importância de adotar medidas preventivas ao surgirem sintomas gripais.
Panorama nacional da SRAG
O boletim indica que a incidência de SRAG está em crescimento em 15 estados, com níveis que vão de alerta a alto risco. Entre esses estão Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo, entre outros. Outros oito estados apresentam níveis elevados de SRAG, porém sem indicação de aumento recente, incluindo Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás e Maranhão.
Conclusão
Os dados evidenciam que o vírus influenza A continua sendo um grande desafio para a saúde pública, especialmente por sua associação à mortalidade em idosos e crianças. É fundamental manter as estratégias de prevenção, como vacinação ampla e cuidados com higiene e proteção respiratória, para minimizar o impacto da SRAG no país.
