Introdução: O ex-presidente Jair Bolsonaro fez um apelo para que governadores alinhados à direita se posicionem publicamente contra sua inelegibilidade, levantando questionamentos sobre as decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que impedem sua candidatura até 2031.
O pedido aos governadores e a articulação política
Em entrevista, Bolsonaro afirmou que, apesar de não poder exigir um posicionamento, gostaria que os líderes estaduais questionassem a validade das acusações que levaram à sua inelegibilidade. Ele ressaltou que não se trata de uma manobra política e que pretende lutar até o último momento para garantir seu direito de disputar eleições.
Governadores envolvidos e a disputa pelo espaço político
- Michel Temer tem conversado com governadores para formar uma frente de centro-direita em 2026;
- Entre os nomes citados estão Tarcísio de Freitas (SP), Ronaldo Caiado (GO), Romeu Zema (MG) e Ratinho Jr (PR);
- Esses líderes buscam consolidar seu próprio espaço político, evitando manifestar-se abertamente contra as decisões do TSE;
- Bolsonaro reafirma que seu “plano B” é sua própria candidatura, rejeitando nomes como seus sucessores naturais.
Críticas ao Judiciário e à democracia
O ex-presidente voltou a criticar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acusando-o de usar uma estratégia chamada “lawfare” — o emprego da lei para fins políticos, com o objetivo de excluí-lo da disputa eleitoral. Bolsonaro defende que sua inelegibilidade representa uma ameaça à democracia, pois impede que os eleitores possam escolher seu nome nas urnas.
Contexto da inelegibilidade e decisão do TSE
Bolsonaro foi declarado inelegível pelo TSE em 2023 sob acusação de abuso de poder político e uso inadequado da comunicação oficial. A condenação se baseou principalmente em uma reunião de julho de 2022 com embaixadores estrangeiros, na qual o ex-presidente fez alegações sem comprovação sobre o sistema eleitoral brasileiro. Segundo o tribunal, ele utilizou recursos públicos para disseminar informações falsas e comprometer a confiança nas urnas eletrônicas.
Conclusão
O ex-presidente Jair Bolsonaro reafirma sua disposição de enfrentar a inelegibilidade e cobrar apoio de aliados para questionar as decisões judiciais que o impedem de concorrer nas próximas eleições. Em meio a movimentações políticas envolvendo outros líderes da direita, Bolsonaro mantém sua aposta em continuar como protagonista do cenário eleitoral, ao mesmo tempo em que denuncia o que considera uma perseguição política que ameaça a legitimidade democrática no país.