Introdução: Após intensas negociações realizadas em Genebra, China e Estados Unidos estabeleceram uma trégua na sua disputa comercial, definindo a diminuição significativa de tarifas e contramedidas que devem entrar em vigor em poucos dias.
Redução nas Tarifas e Impactos Diretos
A principal medida deste acordo envolve a redução das tarifas adicionais que ambos os países impuseram um ao outro em 2023. Os Estados Unidos aceitaram baixar suas tarifas extras sobre produtos chineses de 145% para cerca de 30%. Por sua vez, a China aceitou reduzir as tarifas adicionais aplicadas aos produtos norte-americanos, passando de 125% para 10%.
Aspectos Relevantes da Redução Tarifária
- As tarifas anteriores a 2 de abril, incluindo aquelas introduzidas em mandatos presidenciais anteriores, continuarão vigentes;
- Estados Unidos concordaram em ajustar decretos que somavam tarifas de 115% sobre importações da China;
- A redução temporária das tarifas chamadas “Dia da Libertação” será aplicada por 90 dias, caindo de 34% para 10%;
- A China removerá todas as tarifas impostas após 2 de abril, mantendo uma taxa fixa de 10% sobre alguns produtos.
Contramedidas Não Tarifárias e Dúvidas Persistentes
O acordo também prevê a suspensão de algumas medidas não tarifárias que prejudicavam o comércio entre ambos os países desde abril. A China compromete-se a retirar certas restrições, tais como a inclusão de empresas norte-americanas em listas proibitivas e investigações antidumping, embora detalhes e abrangência dessas remoções ainda não estejam totalmente claros.
Questões relacionadas às exportações de terras raras, que a China passou a controlar de forma mais rígida, continuam sem esclarecimento definitivo quanto à forma como serão tratadas dentro do acordo, dado que essas restrições aplicam-se globalmente e não exclusivamente aos EUA.
Conclusão
Embora o pacto represente um avanço importante para aliviar as tensões na guerra comercial, a redução das tarifas não elimina todas as barreiras, nem zera as taxas completamente. Algumas tarifas mais antigas e restrições permanecem, assim como incertezas sobre certos controles não tarifários. Ainda assim, esse acordo sinaliza uma abertura para o diálogo e a normalização gradual das relações comerciais entre as duas maiores economias do mundo.