Introdução: A Hapvida divulgou seus resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre do ano, apresentando variações importantes em indicadores como lucro, receita e níveis de sinistralidade, refletindo o cenário atual da empresa no setor de saúde.
Desempenho financeiro no primeiro trimestre
A empresa obteve um lucro líquido ajustado de R$ 416,4 milhões no início do ano, representando uma redução de 15,8% em comparação com o mesmo período de 2024. Considerando o lucro sem ajustes, o valor foi de R$ 54,3 milhões, marcando uma diminuição ainda mais acentuada, de 34,9%.
O Ebitda ajustado, indicador que considera lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, alcançou R$ 1,003 bilhão, apresentando crescimento modesto de 0,5% na mesma base de comparação. Por outro lado, a margem Ebitda ajustada recuou 0,9 ponto percentual, ficando em 13,4%.
Principais fatores que influenciaram o resultado
- A receita líquida somou R$ 7,499 bilhões entre janeiro e março, crescimento de 7,3% sobre o 1º trimestre do ano anterior;
- Esse aumento foi especialmente impulsionado pela expansão da linha de Planos de Saúde, apoiada por reajustes tarifários e melhora dos valores médios cobrados;
Outros dados financeiros relevantes
Em relação ao resultado financeiro, a companhia registrou despesa líquida de R$ 311,4 milhões, um aumento de 21,6% na comparação anual. Já a dívida líquida foi reduzida para R$ 4,164 bilhões ao final de março, correspondendo a uma queda de 5,7% em relação ao mesmo período no ano passado.
Essa diminuição da alavancagem ficou evidenciada pela relação dívida líquida/Ebitda ajustado, que caiu de 1,18 vez para 0,98 vez, indicando maior equilíbrio financeiro.
Análise da sinistralidade e utilização dos serviços
A sinistralidade caixa – que mede o percentual de custos assistenciais sobre a receita arrecadada – apresentou leve alta, atingindo 68,6% no primeiro trimestre. Essa elevação de 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre anterior está relacionada, em parte, ao impacto dos procedimentos decorrentes de ações judiciais.
Sem considerar esses efeitos judiciais, o índice teria sido de 67,6%. A empresa destacou que o comportamento da sinistralidade está alinhado com padrões históricos para o período, com aumento natural da demanda devido ao início das viroses e outras doenças sazonais típicas do início do ano.
Conclusão
Os resultados divulgados pela Hapvida no primeiro trimestre refletem adaptações a condições de mercado desafiadoras, com lucro ajustado em queda, mas com crescimento nas receitas e controle da dívida. A empresa reafirma estabilidade operacional, apesar do aumento sazonal nos custos assistenciais, mantendo seu foco na gestão eficiente para garantir sustentabilidade no segmento de saúde.