Introdução: A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) divulgou recentemente que a procura por aço no mercado brasileiro continua sólida no atual trimestre. Para aproveitar esse cenário, a empresa planeja repetir a estratégia comercial aplicada no início do ano, que incluiu o aumento dos preços dos planos em 3,2%.
Desempenho Comercial e Estratégia de Preços
O diretor comercial da CSN, Luis Fernando Martinez, afirmou durante uma apresentação a analistas que a elevada demanda não será impactada apenas por questões de preço. Ele destacou que o foco é manter os valores o mais estáveis possível, com uma tendência de alta para o segundo trimestre, buscando preservar a rentabilidade da companhia mesmo em meio ao aumento das importações.
Resultados do Primeiro Trimestre e Desafios do Mercado
- Vendas de aço somaram 1,143 milhão de toneladas, representando crescimento de 5,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.
- A margem Ebitda da operação siderúrgica subiu de 4,3% para 7,9% no intervalo de um ano.
- No segmento de aços longos, a CSN precisou reduzir preços em 5% devido a concorrência mais acirrada.
Importações e Medidas de Defesa Comercial
Martinez enfatizou a preocupação com o elevado volume de aço importado, principalmente da China, e classificou como “quase irresponsável” a ausência de ações mais efetivas para proteger o mercado nacional. Ele defende a renovação do sistema de cotas e tarifas criado pelo governo, sugerindo a aplicação de uma sobretaxa de 25% sobre todos os produtos siderúrgicos, não apenas sobre alguns segmentos, para evitar práticas de importações fraudulentas, como o uso de ligas que contêm boro para burlar taxações.
Conclusão
Diante do cenário atual, a CSN aposta em uma demanda consistente por aço no Brasil e pretende controlar seus preços para garantir margens saudáveis. No entanto, a companhia destaca a necessidade de medidas governamentais mais rígidas para conter importações que pressionam o mercado interno, preservando a competitividade da indústria siderúrgica nacional.