Introdução: A China, maior importadora global de soja, reativou a compra de soja brasileira de cinco empresas que haviam sido suspensas por questões fitossanitárias. Essa retomada ocorre em um momento estratégico, pouco antes da visita oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país asiático.
Contexto da suspensão e retomada
O Brasil mantém a posição de maior produtor e exportador mundial de soja, sendo também o principal fornecedor da China. A suspensão das importações de cinco empresas brasileiras, realizada no início do ano passado devido a preocupações fitossanitárias, gerou um impacto nos embarques. Entre as empresas afetadas estavam Terra Roxa Comércio de Cereais, Olam Brasil, C.Vale Cooperativa Agroindustrial, Cargill Agrícola S.A. e ADM do Brasil.
Detalhes sobre a retomada das operações
- A reativação das compras teve início em 25 de abril, conforme dados da alfândega chinesa;
- Essa movimentação antecede a visita oficial do presidente Lula à China, marcada para fortalecer parcerias;
- A retomada coincide com o momento em que a China busca diversificar seus fornecedores diante da guerra comercial com os Estados Unidos;
- Fontes indicam que todas as empresas envolvidas já apresentam status regular nos registros alfandegários chineses.
Importância estratégica para o comércio internacional
A China representa mais de 60% do consumo global de soja comercializada, e recebe cerca de 70% dessas importações do Brasil. Essa relação comercial tem sido fundamental para a redução da dependência chinesa em relação aos Estados Unidos, seu segundo maior fornecedor. Em 2024, a China importou um volume recorde de 105 milhões de toneladas de soja, com mais de 74 milhões provenientes do Brasil. A expectativa é que a safra brasileira de 2025 aumente ainda mais essa demanda, atingindo novos recordes no segundo trimestre.
Conclusão
A retomada das importações de soja brasileira por parte da China, especialmente após um período de suspensão, reforça a relevância do Brasil como principal fornecedor mundial desse produto. Além disso, esse movimento reflete as mudanças nas estratégias comerciais globais, com a China buscando consolidar parcerias sólidas e diversificadas, especialmente em um contexto de disputas comerciais internacionais. A aproximação diplomática com a visita do presidente Lula deve fortalecer ainda mais esses laços e garantir a continuidade dos fluxos comerciais.
