Introdução: As ações do Grupo Vamos (VAMO3) sofreram uma queda significativa na bolsa de valores nesta quarta-feira, devido aos números fracos apresentados no primeiro trimestre de 2025 (1T25). A empresa, especializada em locação de veículos pesados, divulgou resultados que evidenciam pressão sobre a rentabilidade, influenciando negativamente o desempenho dos papéis.
Desempenho Financeiro e Pressões no Lucro
No primeiro trimestre de 2025, o Grupo Vamos registrou um lucro líquido de R$ 108 milhões, uma redução de aproximadamente 34% em comparação ao trimestre anterior e 27% abaixo do que o mercado esperava. Entre os fatores que mais impactaram esse resultado, destaca-se o aumento das despesas financeiras, que cresceram 11% no período, exercendo forte pressão sobre o lucro.
Destaques e desafios do trimestre
- Receita marginal manteve-se sólida, com rendimento de 2,7%, acompanharam a alta das taxas de juros.
- Retornos pela venda de ativos alugados diminuíram para R$ 207 milhões, abaixo da média de R$ 305 milhões em 2024.
Previsões e Avaliações do Mercado para 2025
O Grupo Vamos atualizou suas projeções para 2025, indicando uma perspectiva de lucro líquido menor do que as estimativas anteriores, com expectativas ficando abaixo dos R$ 608 milhões previstos por algumas corretoras e dos R$ 653 milhões do consenso geral. Mesmo assim, instituições financeiras renomadas mantêm recomendações de compra para as ações da empresa.
Além disso, a companhia espera encerrar o ano com uma alavancagem levemente reduzida, entre 3 e 3,2 vezes, comparado a 3,3 vezes registrados em 2024. O Ebitda do trimestre alcançou R$ 887 milhões, um crescimento de 10% em relação ao ano anterior e em alinhamento com as estimativas do mercado.
Perspectivas e Insights dos Analistas
Relatórios apontam para vendas recordes de ativos no período, totalizando R$ 291 milhões, e uma margem Ebitda no segmento de locação de 89%, valorização de três pontos percentuais em relação ao trimestre anterior, embora ainda ligeiramente inferior ao mesmo período do ano anterior.
O capex líquido anualizado para aquisição de novos ativos ultrapassou R$ 2,3 bilhões, superando as projeções anteriores. Contratos renovados chegaram a R$ 286 milhões, o que pode compensar a implementação gradual do programa Sempre Novo.
Apesar da desaceleração na margem EBITDA das vendas de ativos usados, que recuou para 7%, analistas do mercado continuam confiantes, reiterando as recomendações de compra com preços-alvo para o final de 2025 variando entre R$ 8,00 e R$ 11,00.
Conclusão
Embora o Grupo Vamos tenha enfrentado desafios financeiros no primeiro trimestre de 2025, impactando o preço de suas ações, as perspectivas para o restante do ano mantêm-se otimistas. O crescimento do Ebitda, junto com a estratégia de renovação de contratos e investimentos controlados, indica que a companhia está preparada para estabilizar e potencialmente melhorar seus indicadores, justificando a manutenção das recomendações positivas dadas pelos analistas.